E havia muita coisa a se questionar e a se repensar. Um dia, o inevitável aconteceu e tivemos a Reforma Protestante. E então tudo mudou.
As pessoas agora podiam exercer sua fé de uma forma genuína. As pessoas podiam agora ser cristãos mais verdadeiros, mais sensíveis, mais próximos do Deus vivo. Pois é. Mas é como diz o ditado: toda vassoura nova, varre bem. E o tempo passa, passou, está passando. Sabemos que ele não dá trégua. E hoje, como anda essa igreja?! Como andam os corações?! Qualquer semelhança com a igreja dos tempos idos talvez não seja mera coincidência.
E apareceram os radicais e apareceram as pessoas que vêm acima de Deus, as regras. As pessoas que sobrepujam o amor de Deus face a um legalismo pra lá de contundente.
É uma pena. Os tempos mudaram. As coisas (nem todas, é bem verdade) evoluíram e os métodos de martirizar pessoas também mudaram. Agridem de forma mais puntual a alma. As feridas do coração. Aquelas que ninguém vê. Aquelas que ninguém enxerga o início nem o fim. Aquelas que não são mensuráveis a olho nu. Só sabe quem as sente. O dono da dor. O dono das fraquezas. Ao invés da venda de indulgências, a teologia da prosperidade. Está parecendo pouca diferença daquela que vendia as indulgências... será?!
Muita gente (e aqui leia-se alguns líderes) tira proveito das fraquezas de seus "subordinados". Não todos, claro. Ainda há gente sensata no mundo. Mas talvez, a igreja, ou melhor os nossos corações "pós-modernos" estejam sim precisando de uma nova reforma.
Talvez, estejamos ressequidos como a terra no sertão. E a rega ideal talvez seja um pouquinho aqui e outro acolá da graça de Deus. E não basta muita. Só um pouco.
_______________________________*Imagens: Igreja Mundial e Portal da Arte
